21.5.09

Para ser Ilustrador Parte3 - estilos e linguagens de desenho

Eu apenas gostaria de, antes da gente voltar a tratar da formação própriamente seguindo a linha clássica dita, acrescentar uma coisa que eu, pessoalmente acredito ser um tipo de aprendizado de bastante valia na formação de um ilustrador principalmente para a realidade de mercado atual, que é depois de ter domínio de figuras realistas, seja ela obejtos ou seres humanos, a estudante se extender um pouco mais no estudo do desenho proriamente dito para aprender estilo de desenhos voltados para os quadrinhos, cartum, caricaturas, desenhos animados em estilos clássicos e atuais, estilos de charges mais clássicas e também as modernas, linguagens diferentes utilizadas nas escolas de quadrinhos tanto americano, como europeu, quanto também o japonês que tem muita influência entre o público infanto-juvenil hoje em dia e ignorar essas escolas seria um grande engano.

Seguindo essa idéia, eu proporia um roteiro a ser seguido, que eu apresento logo abaixo:

1 Caricatura- para não haver uma quebra muito grande entre a formação anterior, eu sugiro que o primeiro passo seria o do estudo de caricaturas, aonde o estudante iria conhecer as base lógica da construção de uma caricatura, sobre a idéia de aumentar as proporções dos elementos do rosto humano que já estiverem acima da proporção clássica e diminuir até mesmo estirpando elementos que estiverem numa proporção menor do que a proporção clássica. Depois também estudando formar de modificar o formado dos elementos para realçar a caricatura, modificando o formato do rosto, nariz, olhos, cabelos, orelha e depois passando também por exercícios tendo como objetivo distorcer as proporções e formatos do corpo para depois também realizar esse mesmos estudos para mãos e pés.

2 Figura cômica- à partir dessa introdução o aluno passaria por um estudo mais específico do desenho da figura humanizada para o desenho cômico, aonde ele terá acesso a lógica dos cânones, altura da linha dos olhos, um módulo do corpo humano simplificado e porterior estudo de expressão tanto corporal quanto facial. Esse tipo de estudo é bastante rico e pode exigir muitas horas de treino, pois a partir dessa base um aluno tem condições de por si próprio descobrir caminhos, linguagens e estilos, nem que seja na forma de gérmens que, com o tempo irão resultar em um estilo maduro e pessoal.

3 Desenho cômico clássico- seguindo os princípios determinados pelos estúdios Disney, o estudante terá a oportunidade de comprender algumas bases daquele que é considerado o estilo clássico da figura cômica, com suas regras e conceitos.

4 Desenho cômico livre- seria uma “matéria” aonde o estudante tenha a oportunidade de conhecer estilos variados que fogem no classissismo existente nas regras existentes pelo estilo desenvolvido nos estúdios Disney, baseados em desenhos de profissionais variados como Bill Waterson, Peyo, Hergé, Walter Lantz, Charles Schulz, William Hanna, Joseph Barbera, Chuck Jones, E. C. Segar, Albert Uderzo, Roberto Crumb, Ziraldo, Fernando Gonzales, Spacca, Péricles, J. Carlos, Quino, Belmonte, Carl Barks, Jim Davis, Scott Adams, Mike Peters.

5 Cartum- segundo a tendência natural, o aluno passaria a esutdar os estilos e trabalhos voltados para o cartum e charges de artistas como Dick Browne, Matt Groening, Millôr Fernandes, Nani, Paulo e Chico Caruso, Glauco, Henfil, Jaguar, Laerte, Lan, Sérgio Aragonés, Marcatti, Art Spiegelman, Al Hirschfeld.

6 Animação- baseado no conhecimento de estilos e linguagens que foi proporcionado pelos estudos anteriores, seria então uma boa oportunidade de se estudar as técnicas de animação, intervalação e clean-up num porcesso de confecção de desenho animado feito à mão, os conceitos básicos de animação clássica e animação limitada

7 História em quadrinhos- uma coisa interessante seria retornar o caminho feito para o desenho realista baseado no trabalho de história em quadrinho, estundando a história da história em quadrinhos, separado primeiro pela história do quadrinho americano e o estudo de alguns nomes importantes dos quadrinhos americanos como Will Eisner, Alex Ross, Jack Kirby, Howard Chakin, Frank Muller, Jaime Hernandes, Bill Sienkiewicz, depois a história do quadrinho europeu e o estudo do trabalho de artistas como Guido Crepax, Moebius, Milo Manara, Henki Bilal, Philippe Druilet, Max, Hugo Pratt, Migulanxo Prado, Daniel Torres, Liberatore, Andrea Pazienza, também conhecer a origem e alguns nomes importantes do mangá, além da história dos quadrinhos no Brasil.

Esse roteirinho pode parecer um pouco sem objetivo, no entanto é um roteiro que dá uma base interessante para a pessoa que já tem uma boa base no desenho ter maior liberdade de criação e de execução de desenho, no entanto ao chegar a esse ponto é preciso ter a consciência de que se está apenas chegando no meio do caminho e que ainda há muito mais coisa a se aprender.

No entanto é importante valorizar os primeiros passos do aprendizado pois eles, quanto mais absorvidos com vontade, mais forte será a sua base de conhecimentos que irá te proporcionar, ao chegar no estágio profissional dominar técnicas, estilos e linguagens diferentes.

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