7.5.13

Atenção!

Estou comunicando a todos os elitroes do Blog Ph0bia que em 10 dia o conteúdo desse blog será transferido diretamente para o meu site flaviomota.com.br, dentor do Ph0bia Magazine que passará a fazer parte do meu site pessoal

Agora os posts passarnao aser mais frequentes, com materiais novos e maior interação.

Portanto, anotem nos seus brownser o endereço:

www.flaviomota.com.br

Obrigado

14.1.13

Rio 2016, me dá um calafrio...

Esses dias eu recebi uma mensagem dizendo que faltava pouco para os participantes do processo seletivo para a criacão do mascote para as olimpíadas do Rio 2016.

De certa forma, o processo todo da Rio 2016 seja bem mais transparente do que todo o processos da copa, mas isso não significa que os termos para criação do mascote das olímpíadas seja justo.

Enumerarei os motivos:

1- Todos os participantes concordam em ceder seu trabalho,
2- Você terá que fazer a criancão do mascote, mais Models Sheet, Style Guide e tudo o mais para concorrer,
3- Você obrigatoriamente tem que ser associado da SIB, ADG, ADAG, e sabe-se lá o que mais,
4- Não existiu uma única menção ao fato de se escolher os profissionais pela qualidade do portfolio,
5- O valor do trabalho é fixo e não é alto.

Na primeira vez que eu vi o edital e baixei, havia os valores. Não me lembro muito bem, mas os valores, se não estiver enganado, seria em torno de 30.000,00. Um valor bom para uma pessoa ou uma empresa pequena, mas insignificante para uma empresa média ou grande.


Outra coisa que me incomoda é o fato de que se houverem 200 concorrentes, e mesmo se 50% deles só fizerem porcaria, eles irão, ao participar, perder os direitos sobre os seus trabalhos (que são trabalhos completos com model sheet e tudo mais, e não apenas um estudo ou uma ilustração do boneco) e nenhum desses participante irão receber um único centavo por todo o trabalho realizado.


Parece que 8 agências forams seleecionadas para a concorrrência final, e cada uma delas irá receber R$10.000,00 por chegar a etapa final. Valor irrisório para "agências". Sem contar que todo mundo que concorreu talvez ganhe um tapinha nas costas. Perderam os direitos pelo seu trabalho, perderam tempo trabalhando de graça, sendo que poderiam estar trabalhando e pagando suas contas eperderam a concorrência.


Qualquer empresa séria no mercado costuma procurar uns 7 ou 8 profissionais, pede que cada um faça uma apresentação do portfolio e sua fiosofia de trabalho, envie um orçamento e um estudo sobre como o trabalho pode ser. Coisa que se investe no máximo dois dias de trabalho.



Agora, criar o mascote, com model sheet e tudo mais, mesmo que o trabalho seja feito nas coxas vai deomrar pelo menos um mês. Eu disse PELO MENOS.

Outra questão que me incomoda e muito é que criar um mascote para s olímpíadas de 2016 não é vitrine, não é escada pra nada.

Qual trabalho melhor que este, ou mais significativo que este, poderia ser conseguido?

Nenhum.

Pra ser uma exposição válida, o trabalho terá que te dar a oportunidade de você ser visto e escolhido por empresas maiores, para realizar trabalhos maiores, mais importantes e que irão te  remunerar mais e melhor justamente por esses motivos.

Fazer trabalho para vitrine, você faz para empresas pequenas para poder ter portfolio, para poder ter a oportunidade de mostrar para o mercado o seu potencial.

Agora, trabalhar para clientes grandes, É o objetivo profissional de qualquer ilustrador.

Não existe nenhuma vantagem ou benefício em se trabalhar de graça para um cliente grande. Se um cliente desses não te pagar bem, quem irá te pagar?

As pessoas estão, me desculpem a franqueza e falta de polidez, mas fazendo papel de idiotas trabalhando para grandes projetos, grandes clientes, que irão ter um retorno gigantesco, em troca de visibilidade.

Alguém acha que irá se fazer como topando esse tipo de coisa? Çobrando para dar entrevista? Cobrando para participar de festas e eventos como atração?

Ninguém vira celebridade porque vai fazer um mascote para as olímpiadas.

Alguém conhece o criador de algum mascote de olimpíadas que não seja o Mariscal, para as olimpíadas de Barcelona? E ele só é conhecido porque já era conhecido… Ah, a Disney também desenvolveu o mascote para as olimpíadas de Los Angeles.

O criador do Misha, mascote das olimpíadas de moscou, alguém sabe que foi?

Alguém saberia dizer se, entre os criadores de mascote para olimpíadas teve um histórico de aumento considerável de trabalhos depois de realizar a criacão desses mascotes? Me parece que não.

O que costuma ocorrer é que ao criar um mascote para esses eventos, o artista será consagrado e não alavancado.

Quando você é um profissional de qualidade, precisa sim ter um trabalho de destaque para que o mercado o consagre, mas consagração é uma espécie de ponto alto na carreira de uma pessoa. Um trabalho com importância, visibilidade, volume, e retorno proporcional a qualidade de quem o realizou.

Eu duvido que o Lúcio Costa e o Niemeyer criaram Brasília em troca de visibilidade. Eu duvido que Leonardo da Vinci faz a Monalisa em troca de visibilidade, nem Michelangelo pintou a capela sistina ou a pietá em troca de visibilidade. Da mesma maneira, Portinari não fez o painel Guerra e Paz para decorar o hall do edifício sede da ONU em troca de visibilidade.

As pessoas precisam acordar. Eu vejo muita gente topando furada esperando que o próximo projeto valha a pena.

Está na hora de dar um basta nisso.

Tem que compensar hoje, agora e não amanhã.

O amanhã nunca irá chegar, quando chega vira hoje. Façamos com que o hoje (que é certo) seja mais importante do que um amanhã improvável.

18.12.12

Direitos Autorais no isntagram

Eu sempre pensei no Instagram como um potencial meio de expor os trabalhos de ilustração, inclusive permitindo de alguma forma que os detentores de suas contas possam ter alguma fonte de renda com seus trabalhos. Existem alguns sites de venda de imagens em gravuras e posteres, inclusive que permitem que usuários do instagram possam vender produtos com fotos do instagram.

Para nós ilustradores, o Instagram nunca chegou a me parecer o serviço ideal, uma vez que ele funciona perfeitamente em câmeras de celulares e iPads, mas não é tão acessível pra você ficar fazendo upload de imagem que está no computador.

Agora, o fato de se ter um conjunto de filtros preselecionados faz com que o instagram seja sim, um serviço mais voltado para o público amador, mesmo entre fotografos, uma vez que profissionais utilizam programas profissionais para correção de imagem.

Outra característica que faz parte do cerne dos serviços nas nuvens é o fato de que esses serviços são naturalmente pensados para o público amador, por melhor que eles sejam. Basta ver que todos eles são gratuitos. Os serviços pagos são relativamente caros e dispõe de um tipo de suporte mais parrudo, além de terem compromisso com a inviolabilidade e direitos autorais.

Nada mais justo.

Já os serviços gratuitos, como esse aqui que estamos utilizando, para obter receita parte de uma fórmula muito simples: como o dinheiro não provém do pagamento dos seus usuários, ele provém da produção dos seus usuários. É como se cada um de nós fossemos colaboradores dos serviços de internet. Fornecemos inúmeros materiais que são utilizados pelos servidores para ganhar dinheiro como nossas preferências pessoais, e como trata-se de um serviço voltado para amadores (amador em princípio é quem não utiliza aquele meio, ofício, esporte ou conhecimento visando o seu sustento), subentende-se que os usuários não precisam ter assegurado nenhuma garantia quanto aquilo que produz, mas o serviço, que precisa de dinheiro para obter uma fonte de renda precisa.

Essa é a base de todo serviço de computação nas nuvens gratuito. É em cima desse princípio que empresas como o Google e Facebook investem milhões todos os anos para viabilizar a computação nas nuvens.

Não existe almoço grátis, e todo mundo se esquece que flerta com o capeta nesse negócio. Quando houver milhares de pessoas criando, desenvolvendo trabalhos, idéias e produzindo coisas de qualidade eles darão o bote de surpresa.

Mas as pessoas, claro, acham que esse tipo de pensamento é apenas uma paranóia.

Aí aparece o Facebook querendo mudar seus termos, um Instagram forçando seus usuários a abrir mão dos direitos autorais ou o Google oferecendo um contrato absurdamente draconiano para usuários de seu navegador e as pessoas, algumas, ficam alertas.

Mas a fórmula já foi, composta. A questão é quando ela entrará em vigor. E a maioria das empresas aposta em colocá-las em vigor quando as pessoas, já acostumadas e dependentes de seus serviços e crentes de que não existe absolutamente qualquer problema em ceder seus direitos para elas, mentalidade perceptível quando percebemos algumas pessoas acharem que chiar por essas questões seja apenas uma atitude de velhos ranhetas (acreditem, hoje em dia muita gente já pensa assim).

Quando essa mentalidade entrar em vigor, as conexões serão em média bem melhores das de hoje, haverá bem menos necessidade de fazer upgrade de máquinas, pois a velocidade de conexão e o espaço disponível para armazenamento de dados em servidores for gigantesco e as máquinas chegarem num patamar de excelência em processamento de imagem e audio, pro exemplo.

Por isso já faz alguns anos que os computadores pararam de evoluir a velocidade de seus processadores da maneira vertiginosa com que evoluíam nos anos 90 (dobravam o clock a cada 6 meses).

Quando tudo isso for realidade, por outro lado os serviços de computação nas nuvens terão uma quantidade quase inesgotável de imagens, textos, música e filmes para que seus assinantes tenham acesso, tudo mediante um pagamento bem modesto pelo serviço (alguém já viu algo semelhante, como os Netflix da vida?).

E aquilo que você fará parte da grande comunidade mundial da nuvem, não será propriedade de ninguém mas terá acesso da humanidade inteira (o velho xaveco da internet, ah, claro que o proprietário será o serviço mas ninguém notará isso). Quando uma agência de propaganda por exemplo quiser usar um vídeo do Youtube para sua campanha mundial de lançamento do mais novo e moderno automóvel do mundo, quem vai ganhar $$ será o Google. Aliás isso já acontece, mas o usuário ganha uns caraminguás.

Para nooooooooossa alegria…..

O problema é que pelo menos na nossa legislação de Direitos Autorais existe sim a possibilidade de um autor cede sua obra para qualquer um, para sempre, e esse item, somente ele é o calcanhar de Aquiles dos Autores.

O pior de tudo é que quase ninguém enxerga isso. São alvos fáceis nas mãos dos interesses das corporações e sempre caem na armadilha, de quando alguém menciona o fim da possibilidade de sessão, pensar logo que não poderá mais baixar aquele filme ou seriado na internet, aquela história em quadrinhos ou a discografia do seu artista preferido. Se esquece que ele mesmo, se por um lado tivesse que desembolsar algo para que seus artistas prediletos sejam recompensados financeiramente, por outro teria a certeza de que receberia uma recompensa em dinheiro pelo reconhecimento de seu próprio trabalho.

O meu esforço, particularmente, sempre foi e sempre será para fazer com que as pessoas enfim abram os olhos para exigir a única coisa da LDA prejudicial aos autores: a cessão total de direitos.

Não importará Instagram, Google, Facebook, Twitter, Blogger, ou o diabo a quatro querer que você ceda os seus direitos se na legislação esse tipo de prática for ilegal.

Enquanto isso, artistas, iniciantes, autores, e usuários brigam com empresas, levando um enorme tempo e um enorme desgaste para  para mudar contratos e atitudes, sendo que poderiam se esforçar e batalhar para modificar uma única coisa, uma única vez.

[]'s

31.10.12

Reflexão Política/Educação

A camada dominante do nosso país a partir de 1964, logo depois do golpe de estado, chegou a uma solução aparentemente milagrosa para controlar a massa: acabar com a qualidade da educação do país. Assim o povo emburrece e uma população burra se controla fácil. O problema é que nada no mundo é previsível com 100% de certeza. Hoje em dia muitos dos que iniciaram esse processo está cada vez mais fora do círculo do poder. Os outros que desde então assumiram o controle do país acharam a idéia muito boa e ainda hoje pouco se fez para melhorar a qualidade da educação. Em alguns casos, o esforço na área da educação foi pra piorar mais ainda a sua qualidade. Hoje em dia a porcaria educacional é informatizada, com internet e acesso ao Facebook para que os alunos tenham a ilusão de que aprendem, tomando seu tempo com discussão de banalidades. Atualmente é fácil ver que as pessoas valorizam demais a presença de computador, tablet e mais um monte de porcaria, como projetor e DVD em sala de aula, baixam trabalhos inteiros da internet sem sequer se dar ao trabalho de mudar a fonte da letra, pegam apresentações de powerpoint em seus pendrives e nunca irão sequer abrir essas porcarias, mas terão uma infinidade de arquivos em seus backups. Em compensação, se vê cada vez menos as pessoas preocupadas em saber o real conteúdo das matérias, em discutir, em questionar, em procurar soluções, em ser lógicos e perceber que lógica é uma coisa universal, uma vez aprendido se utiliza em todos os campos do conhecimento com eficácia. Mas como sempre, nada é 100% previsível e o emburrecido povo continua não obedecendo as tentativas de condução cega daqueles que se consideram esclarecidos, que (ironia do destino), por total falta de parâmetros do que vem a ser realmente um assunto de qualidade, cada vez mais se emburrece também por não mais encontrar incentivo intelectual e assim mergulhamos numa nova idade média, em pleno século XXI... Nesses quase 40 anos de vida eu já cansei de ver as pessoas gastando horas discutindo como se estivessem correndo atrás do rabo sem conseguir sequer vislumbrar soluções que são óbvias, por total falta de capacidade de perceber as coisas a sua volta. Muitas discussões ainda hoje não terminaram e outras tantas foram até esquecidas por total falta de capacidade de perceber suas soluções. Para piorar, as pessoas ao ler relatos como esse que eu estou fazendo, ao invés de despertar suas consciências e se esforçar para sair de seus círculos viciosos, se sentem ofendidas e preferem me atacar. Esse último caso remete ao clássico conceito da besta: animais tão irracionais que avançam até mesmo sobre aqueles que irão alimentá-los, e por isso mesmo são seres incapazes de serem domesticados. E para tornar todo o cenário ainda mais bestial, você percebe que todos aqueles que se esforçaram das tripas coração para tornar nossa sociedade tão lastimável, depois de uma vaga sensação de poder e superioridade, percebem o quanto tudo isso é frágil, pois um belo dia a morte vem e nada mais resta, senão apenas um campo intelectualmente devastado e um ingênua infelicidade de pessoas que, embora ignorantes, ainda tem esperança de que, em algum momento serão libertos de sua pobre condição. Mas como nada é eterno, tudo isso um dia será passado e o esforço para dominar o outro será completamente em vão assim como toda a superficial superioridade de nossos líderes.

27.1.12

'39

No ano de trinta e nove
Se reuniram aqui os voluntários
Nos dias em que as terras eram poucas
Daqui o navio partiu em direção à manhã azul e ensolarada
A visão mais doce já vista

E a noite seguindo dia
E os contadores de estórias dizem
Que aquelas bravas almas lá dentro
Pôr muitos dias solitários
Navegaram pelos mares
Nunca olharam para trás, nunca temeram, nunca choraram

Você não ouviu meu chamado?
Embora você esteja muitos anos longe
Você não me ouviu te chamando
Escreva suas letras na areia
Para o dia que eu pegar sua mão
Na terra que nossos netos conheceram

No ano de trinta e nove
Veio um navio do azul
Os voluntários chegaram em casa naquele dia
E trouxeram boas notícias
De um mundo recém nascido
Embora seus corações estivessem tão pesados

Pois a terra está velha e cinza
Minha querida, nós vamos embora
Mas meu amor, isso não pode ser!
Oh tantos anos se passaram
Embora eu esteja mais velho que um ano
Os olhos de sua mãe, através dos seus, choram para mim!

Você não ouviu meu chamado?
Embora você esteja muitos anos longe
Você não me ouviu te chamando
Escreva suas letras na areia
Para o dia que eu pegar sua mão
Na terra que nossos netos conheceram

Você não ouviu meu chamado?
Embora você esteja muitos anos longe
Você não me ouviu te chamando
Todas suas letras na areia
Não podem me curar como sua mão
Pois minha vida a frente me dá pena...

6.10.11

Jobs e Eu




Desde a minha infância eu sempre tive duas paixões: desenhar e computador.

Desenhar foi algo que eu sempre fiz, segundo minha mãe antes mesmo de eu saber pegar num lápis.

O computador, no entanto, foi uma paixão que demorou um pouco mais para aparecer em minha vida. Mesmo assim eu admito ser mais sortudo do que a grande maioria das pessoas da minha época e da minha cidade. Eu morava em Sorocaba e somente tive acesso ao computador graças a um tio meu que sempre foi abastado e podia se dar ao luxo de nos permitir conhecer essas coisas, enquanto que o máximo que os meus demais amigos de escola conheciam era uma bicicleta ou uma bola de capotão.

Em 1984 eu enfim conheci meu primeiro computador, embora nem fosse um Macintosh, mas um singelo TK 82-C com incríveis 2KB de memória RAM, sem HD, preto e branco, sem som e que lia arquivos que eram gravados em fita cassete.

Mesmo assim, a partir desse dia eu literalmente comecei a sonhar com computadores que eram super avançados, que permitiam desenhar, pintar, fazer coisas incríveis segundo a minha concepção de criança, embora na época e no Brasil da época tudo isso só poderia mesmo ser um sonho.

Os anos foram se passando e também os modelos de computador que eu cheguei a usar também foram mudando, mas até então computador sempre me pareceu uma coisa completamente distante do desenho, da arte, e, em silêncio, eu ainda sonhava com o dia em que eu conheceria um computador que me permitisse desenhar.

Em 1991, depois que eu me mudei definitivamente para São Paulo para trabalhar, eu um belo dia conheci enfim o Macintosh. Foi num estúdio de um ilustrador.

Me lembro até hoje como foi. Parecia que aquilo era mentira, parecia um sonho. O computador já era perfeito, tinha imagens perfeitas, dava para fazer tanta coisa, imagens perfeitas tal qual eram de verdade. Eu admito que nem mesmo nos meus sonhos mais loucos eu havia imaginado que um computador pudesse fazer aquelas coisas todas.

De lá pra cá eu literalmente viciei em Mac, não compreendia como alguém podeira achar um PC algo bom, era visível (pra mim sempre foi) a diferença entre as duas plataformas.

Um computador era apenas uma calculadora crescida, o outro era o paraíso na Terra.

Aos poucos me foi caindo a ficha de que ilustrar era algo completamente viável de ser feito tendo um Mac como ferramenta básica. Muita gente no entanto achava que o Mac seria na verdade uma espécie de inimigo número 1 dos ilustradores e que em pouco tempo nenhum ilustrador conseguiria trabalho, acho que apenas eu na época acreditava que o compuador poderia ser o meu melhor amigo.

O tempo foi passando e minhas suspeitas foram se confirmando.

Até que um belo dia, no auge da crise da Apple eu conheci a figura de Steve Jobs. Tudo aquilo tinha sido fruto dos esforços de um homem que como poucos conseguia montar uma equipe notável, ter idéias notáveis e fazer produtos notáveis.

Jobs voltou a Apple, e de quebra, o mundo todo ganhou com isso. Eu também ganhei, e ganhei muito com isso, e duvido que eu pudesse desempenhar minha profissão tão bem quanto eu posso desempenhar hoje em dia se não fosse a visão desse homem.

Hoje definitivamente tudo isso é história, talvez não voltemos a ter outro personagem a nos influenciar tão significativamente em nossas vidas quanto Steve Jobs nos influenciou direta e indiretamente. Ele me fez aprender que é possível ir além, é possível pensar e realizar coisas que a grande maioria não pensa ou não acredita. O estúdio que fundamos é também uma forma de colocar esses princípios em prática, por isso Jobs não apenas criou a máquina com a qual eu trabalho mas me ensinou o princípio pelo qual eu utilizo o meu trabalho.

E tanto eu quanto muitas outras pessoas hoje em dia apostam no novo, apostam em quebrar barreiras e paradigmas porque viram nas atitudes de Steve Jobs o exemplo mais perfeito desse princípio.

Hoje eu acredito que saber pensar de maneira diferente e fazer a diferença é o caminho do nosso século, e posso dizer com toda certeza que Jobs não simplesmente nos apresentou o Ipad, o Itunes ou o iPod, ele nos apresentou o futuro.

29.3.11

Contrasenso Ilustrativo

Pergunta: Você não acha um contrasenso, com toda tecnologia voltada para a comunicação como a internet, um ilustrador ao invés de abrir-se para o mundo, se restringir para atuar apenas na sua região?

Resposta - Seria um contrasenso, se regionalmente os ilustradores tivessem um padrão técnico, uma capacidade profissional que os clientes regionais não pudessem suportar por não necessitar a totalidade das potencialidades do ilustrador.

No entanto não é isso o que acontece. As empresas de uma forma geral nem sabem para quê serve o trabalho de um ilustrador, e o ilustradro também não sabe também qual seria a utilidade do seu trabalho para esses clientes.

Aí está o grande furo.

Eu acho que as coisas rolam no sentido de um passo por vez.

Qualquer profissional de ilustração primeiro precisaria conhecer as potencialidades do seu trabalho na sua região, para depois trabalhar, com paciência no sentido de mostrar, provar para o empresariado da sua região os benefícios que o seu trabalho pode trazer para eles.

Trabalhos como criação de persoangens, quadrinhos institucionais, manuais de treinamento, são simples exemplos que podem ser feitos para supermercados, padarias, oficinas mecânicas, lojas, indústrias das mais diversas e esse tipo de empresa existe espalhado em todo o Brasil.

Trabalhos mais expecíficos podem ser propostos para os clientes num segundo momento, desde que nessas empresas já exista uma cultura de utilização de ilustração.

O problema é que o ilustrador costuma pensar apenas em sentar na prancheta e desenhar, e assim não chega a lugar algum.

Quando você opta por sair de sua região, para atuar nos grandes centros urbanos, a probabilidade de conseguir sucesso profissional é muito baixo, demanda muito tempo, muito esforço, e também uma boa dose de sorte.

Se o ilustrador estudar as empresas da sua região, vai demorar o mesmo tempo praticamente, para evangelizar e conquistar clientela, sem contar que estará abrindo novas frentes de mercado que não saturadas (ao contrário do que acontece nos grandes centros) com a vantagem de ter um custo de vida bem mais baixo do que o que se tem nos grandes centros.

Por outro lado, essa idéia de que uma vez que você esteja na internet, terá uma janela aberta para o mundo inteiro é uma injenuidade sem cabimento, desde que estourou a bolha das empresas ponto com, ninguém que trabalhe com internet pensa e nem age assim.

Aliás, houve a bolha justamente porque inúeras empresas invetiram toneladas de dinheiro pensando que iriam dominar o mundo e isso não aconteceu.

Nem o Google, trabalha e pensa assim.

Quem já trabalhou com o Google sabe muito bem que hoje em dia ele procura dispor aos seus clientes mecanismos que aumentam a eficiência das empresas porque justamente procura mostrar as empresas que estão na internet para os seus potenciais clientes que estejam mais próximos.

Qualquer cliente, seja ele quem for, quer clientes bons e que estejam próximos de dele, que permita um contato pessoal, exclusivo, de qualidade. Os clientes que preferem clientes sem esse contato mais personalizado são clientes com perfil qualitativo baixo, e, dependendo do cliente, pode não compensar.

Outra coisa que é preciso levar em conta é que quando se fala "mundo todo" as pessoas pensam em pegar clientes que estejam nos EUA, Canadá, Inglaterra, Alemanha, França, Japão, só país de primeiro mundo.

Só que precisa querer focar em países como México, Argentina, Chile, Equador, Emirados Árabes, Turquia, Grécia, Índia, Coréia, Catar, África do Sul.

E é preciso montar todo um sistema de cobrança capaz de trabalhar com todos esses países. Agora, ilustrador não gosta nem de alugar um ponto comercial para ter um estúdio fora de casa, vai querer investir nesse tipo de coisa?

Para se chegar num ponto como esse é preciso primeiro conquistar a sua região. Se o seu trabalho for bom demais para se restringir apenas a sua região, então vale a pena investir nos grandes centros. E se mesmo assim os grandes centros do Brasil for pouco (coisa que nem o 6B estúdio acha) então você deve investir numa carreira internacional.

Outra coisa importantíssima, quando você pensar em concorrer com profissionais de outros países, é preciso também saber se o nível do seu trabalho é igual, inferior ou superior ao dos profissionais do local. Só para se ter uma idéia, o nível dos ilustraodres da Argentina é muito mais alto do que o dos profissionais daqui, e ninguém aqui quer entrar no mercado argentino.

Imagine o nível de profissionais do Japão, França, EUA, Canadá, Alemanha...

23.3.11

O Mercado Pode Melhorar?

Pergunta: Como você acha que o mercado de ilustração pode melhorar?

Resposta - Melhorando o ilustrador, sendo ele um artista com melhor qualidade.

Um profissional mais focado, mais objetivo.

Sendo mais sério quando se trata de negócios, procurando ser um administrador de verdade, um comerciante de verdade.

Precisa querer agregar mais noções, novos princípios de negócio.

Precisa ter vontade de abrir novas frentes de trabalho (volto a insistir) para diminuir a concorrência entre nós.

Precisa agitar mais o intercâmbio de conhecimento, intercâmbio de experiências profissionais difundir princípios práticos de negócios para nossa área que são bem sucedidos e podem ser bem sucedidos.

Coisas que pessoas de outras áreas profissionais fazem constantemente.

17.3.11

Mercado ruim

Pergunta: Você não acha que essa história de que o mercado está ruim é exagerada? Embora eu esteja na área a pouco tempo, não acho que a coisa seja assim tão ruim.

Resposta - Tem uma coisa que eu aprendi nessa vida que tudo é relativo.

Quem está no mercado a apenas 5 ou no máximo 10 anos não conseguiu ver o panorama muito diferente daquele que temos hoje, por isso não consegue compreender que tanto eu reclamo que o mercado está ruim.

Quem tem mais de 15 anos de mercado já consegue saber como ele era anos atrás.

Eu comecei no inicio dos anos 90, alias, em 1990, para ser mais exato.

Embora fosse moleque, eu via que se vivia uma época econômiica péssima no Brasil, era época do Plano Collor, estávamso saindo da maior hiperinflação que esse país teve para o completo arrocho.

Tudo a nossa volta respirava um ar de insegurança quanto ao futuro, só que entre os ilustradores havia um pique, um ânimo, um gás muito maior do que hoje em dia.

Haviam muito menos pessoas no mercado e muito menos pessoas querendo entrar no mercado.

Mesmo com toda crise econômica, muita gente conseguia fazer quadrinhos e acreditava-se sim que era possível viver de quadrinhos para o mercado brasileiro.

No mercado editorial eu não sei como era, pois não tinha contato, mas o mercado publicitário estava prestes a se revolucionar e acabar com os postos de muitos ilustradores, pois foi justamente nessa época que o computador invadiu as agências de propaganda.

Muita gente jurava de pé junto que a profissão de ilustrador iria se extinguir em, no máximo 10 anos.

Mas havia trabalho, eu, mesmo como um mero assitente de arte, responsável por montar anúncios na agência de propaganda que eu trabalhava conseguia pegar bastante trabalho freelancer, isso sem ficar batendo de porta em porta em agências ou editoras.

Uma coisa rara de acontecer hoje em dia.

Eu chegava a ganhar quase 6 vezes mais do que o meu salário, só com freelance, e sem ficar prospectando cliente.

E isso, porque era uma época economicamente ruim.

Naquela época bastava você bater na porta de uma agência ou editora, ligar, marcar uma entrevista e nem precisava assim tanto de indicação, todo mundo te recebia, e quando via o seu trabalho, muitas portas se abriam, porque o pessoal via que a eu não era amador.

Hoje em dia, um cliente qualquer muitas vezes nem conversa por telefone com você se você não for indicado. Te pede para passar um e-mail e nunca mais te retorna.

Quando alguém te procura facilmente, na maioria das vezes é trabalho no risco e mesmo assim tem um monte, mas um monte mesmo de outros ilustradores que seriam capaz de enfiar uma faca no seu bucho para pegar aquele trabalho no risco.

Agora, me digam, será que o mercado atualmente é assim tão bom?

11.3.11

De Maceió...

Pergunta: Sou de Maceió. Eu gostaria de seguir carreira como ilustrador, mas aqui tem pouco cliente como agencia de propaganda e editora. Muitas vezes eu tenho vontade de me mandar pra outro lugar, tipo São Paulo. Você acha que é possível ser ilustrador aqui?

Resposta - Você precisa ter em mente que o seu futuro profissional é um investimento em longo prazo.

Se você vier para São Paulo, não vai ter aonde morar, não vai ter trabalho, não vai ter dinheiro, vai concorrer com trocentos neguinhos por uma vaga no mercado de trabalho e corre riscos que nem imagina que existem.

Aposto que, embora sua cidade não seja um paraíso de agências e editoras, tenham outros mercados de trabalho não tem?

O pessoal trabalha aí em quais áreas?

Tem turismo?

Se tiver, porque você não se especializa em realizar trabalhos envolvendo ilustração voltados para o mercado de turismo?

Tem indústria?

Essas indústrias não podem precisar de ilustração para embalagens, rótulos, para a decoração dos seus escritórios? Não podem precisar de mateirias para treinamento de pessoal? Não pode precisar fazer quadrinhos institucionais?

O comércio aí é aquecido?

Não dá pra se associar com algum estabelecimento comercial de desenvolver algum produto aonde seu desenho seja parte do chamariz para o comércio?

Tem gente que curte piercing, tatuagens?

Porque você não abre um estúdio de tatuagem e alia o seu conhecimento artísticos para oferecer aos seus clientes diferentes daqueles que os tatuadores que não sabem desenhar oferecem?

Tem muita feira, congresso, casamento?

Porque você não se especializa em fazer caricaturas, cartuns, animações, quadros para ser vendido para esse público?

Veja bem, o que não falta na vida são oportunidades.

Se você tiver engajamento, vai achar mercado ótimos, novos, sem vícios, sem concorrência, que você pode ser uma pessoa com grande especialização.

Acontece que esses são os tais mercados em potencial, não existem realmente e para se começar é preciso pegar na mão do cliente, ensinar tudo tintim, por tintim e ir se especializando, se preparando para evoluir como prestador de serviço. Assim seus clientes vão ficando cada vez mais satisfeito com o seu desempenho e também irão te pagar melhor.

Isso tudo pode demorar de dez a vinte anos para rolar, mas você acha que vindo para um grande centro urbano alguma coisa será muito diferente disso?

Pense no futuro, a longo prazo, insistir em mercados regionais aumenta a demanda, descentraliza o mercado, melhora o reconhecimento de nossa profissão e ainda permite que você possa ser um profissional bem sucedido sem ter que sair de casa.

7.3.11

Novos Ilustradores

Pergunta: O que você acha dos ilustradores que estão começando na área?

Resposta - Acho que esses caras precisam de muita coragem para continuar sem fazer besteira, porque existe muita orientação ruim para ilustradores iniciantes no meio de outras tantas orientações boas, mas que faltam pela superficialidade.

Muita gente por aí diz para os iniciantes que desenhar na mão é bobagem, fala para os iniciantes que o certo é trabalhar em casa, ter um estudiozinho num quarto de casa.

Algumas orientações são duvidosas, outras são verdadeiros ruídos, que acabam confundindo.

Mas não existe somente orientação ruim, tem coisa boa. O próprio Guia do ilustrador é muito bom para quem quer conhecer o mercado e está no ponto zero.

A maior falha existe para que já saiu do ponto zero, e é aí justamente aonde se encontram os ruídos.

Como existem muitos ilustradores ainda trabalhando em casa, sem uma estrutura que possa, com o tempo empregar treinees, estagiários, etc. fica muito difícil para esse pessoal que quer começar na carreira arranjar um meio seguro de entrar no mercado.

Isso também ocorre por causa da baixa demanda de ilustração para os profissionais que já estão no mercado. A maioria pode muito bem ter trabalho em quantidade suficiente para pagar suas contas e tudo mais, mas não tem volume para aplicar no seu sistema de trabalho uma filosofia agregadora.

O ideal, nesse caso, é haverem ações visando aumentar a demanda de ilustração, fomentar o mercado, e paralelamente haver um trabalho de conscientização e mudança de cultura dos ilustradores para terem vontade de se tornarem empresas e assim darem chances para os novatos.

Vendo por esse prisma a gente percebe que o problema não está exatamente nos iniciantes, mas sem que as pessoas tomem atitudes acertadas e criem uma consciência global os iniciantes apenas contribuirão para ser um problema a mais.

1.3.11

Ilustrar pelo interiorzão

Pergunta: Você acha possível que uma pessoa possa trabalhar como ilustrador em Goiás, no Mato Grosso, Roraima sem ter que vir para os grandes centros? Como?

Resposta - Porque não? O que eu acredito é que nessas regiões exista mercado pronto aonde basta chegar e se instalar.

Mas é preciso que os ilustradores dessas regiões terem uma visão de realidade de seus mercados para que possam adequar o trabalho de ilustração as demandas regionais.

Primeira coisa que existe é a memória da sua região. Isso por si só já traz uma necessidade de resgate da memória e da história de cada lugar desse país.

Existe tanto na indústria automotiva, química, petrolífera, mineração, de tecidos, de vestuário, calçados, no comércio segmentado ou popular, nas empresas de prestação de serviços como o de telefonia móvel, internet, midia indoor, imprensa, televisão, nas ações sociais e nos meios sociais inúmeras oportundiade de se trabalhar com ilustração.

Oportunidades essas que são desperdiçadas diariamente, porque os ilustradores pensam somente me fazer ilustração para livro, revista e historia em quadrinhos.

É preciso trabalhar para que cada região tenha o hábito de trabalhar as suas formas de comunicação com ilustração, isso gerará a demanda necessária a absorção da mão de obra excessiva de trabalho em ilustração e poderá, a seu tempo fazer com que a profissão seja naturalmente reconhecida, aceita e respeitada.

O caminho que temos atualmente é igualmente espinhoso, não oferece qualquer perpectiva de melhora ou aumento de demanda de trabalho e a muitos anos gera os resultados que vemos de cada vez menos se pagar menos, cada vez mais haver concorrência desleal e desgasta a ilustração por excesso de oferta de mão de obra.

Uma pessoa que resolva trabalhar para a sua região pode levar de dez a quinze anos para ter sucesso, mas se resolver arriscar nos grandes centros urbanos, a probabilidade de sucesso também gira por volta de dez a quinze anos.

23.2.11

Ilustração mais e menos nobre

Pergunta: Eu trabalho muito fazendo caricatura para eventos, festas, etc. Gostaria muito de poder trabalhar em áreas mais nobres como ilustração para livros. Que dicas você poderia me dar?

Resposta - Posso ser sincero?

Esse trabalho que você faz com caricaturas paga as suas contas?

Os clientes que você tem gostam do seu trabalho?

Você tem facilidade para ser indicado pelos seus clientes para outros trabalhos?

Se as três responstas anteriores forem "sim", então a resposta é outra pergunta:

Pra que você vai querer outros clientes?

A coisa mais importante que existe é ter clientes que te pagam direito, gostam do seu trabalho.

Agora, se além disso eles ainda te indicam para outro cliente, então você está no céu, mas ainda não percebeu.

Claro que você pode pensar em ter mais clientes, mas jamais cometa a loucura de abrir mão de um cliente, por menor que seja, que está satisfeito com o seu trabalho e te paga bem para arriscar pegar um cliente maior.

Se alguma resposta for não, vale você ir atrás de outra coisa, mas ainda assim sem deixar seus clientes de lado totalmente. E vale a pena você pesquisar o mercado, dar uma olhada no que rola por aí, dar um upgrade no seu portfolio e voilá!

17.2.11

Ilustradores Unidos

Pergunta: Por que você defende tanto a união de ilustradores para formar estúdios?

Resposta - É quase inconcebível na minha cabeça ilustradores que dominam tecnicas, mercados diferentes fiquem isolados enquanto que todos poderiam se unir, realizar trabalhos maiores, se lançar com mais afinco no mercado, se fortalecer.

A união é uma forma de somar além da simples progressão aritmética.

Numa equipe aonde existem duas pessoas em sintonia, pensando em com objetivos semelhantes, o resultado não é igual ao resultado de dois ilustradores, mas de três ou até mesmo de quatro.

Muita gente se priva de vivenciar esse tipo de conquista para si.

Deveriam arriscar um pouco mais.

Existe chance de car errado? Claro, tudo no mundo é assim. Da mesma forma como ficando sozinho a chance continuará existindo.

A única coisa que eu defendo é uma união não só de indivíduos, mas de ideais, de princípios e de interesses.

11.2.11

LDA

Pergunta: Você não acha que a atual LDA já é suficiente para atender às necessidades dos ilustradores?

Resposta - De certa forma, sim. Mas a questão no momento será a próxima LDA a entrar em vigor. A atual ao meu ver é boa, embora ainda falte bastante para cair como uma luva nas necessidades dos ilustradores. Um exemplo é com relação a um ilustrador ter que escolher entre ser um autor e um prestador de serviços, a lógica (burra por sinal) parte do pressuposto de que ninguém pode ser as duas coisas, e os ilustradores sempre foram as duas coisas.

Seria muito bom que a LDA corrigisse isso, pois uma lei tem como função se adaptar a realidade das pessoas para que dentro dessa adaptação ela possa guiar as pessoas para um estado de quilíbrio de forças.

Já, a LDA conforme os próprios legisladores e advogados pregam, não é capaz de se colocar na nossa realidade profissional plenamente.

Existem meios para contornar isso? Existem.

Mas eu pergunto pra você: vale a pena ficar contornando, dando jeitinho se uma coisa foi feita para funcionar da forma como é necessária?