13.4.09

Dinheiro Bom

É inegável que todo mundo pensa em conseguir uma forma de se ganahar dinheiro. Aliás, ganhar dinheiro, fazer sexo e ser notado costumam ser coisas bastante habitada na cabeça das pessoas.

No caso, iremos tratar apenas do primeiro item.

Eu duvido que exista alguém ao estilo Forrest Gump, aonde as coisas acontecem à sua volta e o cara apenas entre de gaiato, e ainda por cima tirando vantagem da situação sem consciência de que está tirando vantagem.

Em geral, a gente costuma depois de uma época de reclusão, inação ou qualquer coisa que o valha, adotar um caminho a seguir levando em consideração o leitinho das crianças.

Na maioria dos casos é uma atividade não exatamente ilegal, somente quando não há possibilidade de encontrar alguma atividade legal que saibamos ou nos interessamos em fazer é que acabamos escolhendo qualquer porcaria ilegal, desde traga dinheiro.

No entanto, mesmo entre as "legais", o que não falta é oportunidade de se fazer a coisa "certa" de maneira "não tão certa".

Aí a gente entra numa questão um pouco mais profunda que não tem ligação com o que "fazer", mas "como fazer".

Você pode ser um comerciante, por exemplo, que tem suas dificuldades para andar nos eixos, pagar suas contas, seus impostos (que são uma barbaridade de altos) empregados, fonecedores, etc. Ou ser um comerciante que para que "compense" continuar na atividade de comerciante perceba que somente isso é possível se adulterar algum controle de caixa, contratar funcionários por umvalor e registrar na carteira outro mais baixo para pagar menos imposto e de vez em quando dar uma canseira nos fornecedores para fazer "saldo médio" no banco.

De certa forma, o segundo comportamento pode ser justificado pelas falha do sistema, a carga tributária pesadíssima, os funcionários que não são assim tão aplicados no trabalho ou a fornecedor que também já mandou embora todos os empregados e agora fabirca na China por menos da metade do custo de produção que tinha antes cobrando a mesma coisa pelo produto.

Aí é aonde reside todo o problema da nossa sociedade e aonde ela se corroe: O erro alheio invariavelmente nos serve de estímulos e desculpa para que cometamos os nossos erros e nos garanta que ninguém, em lugar nenhum nos coloque o dedo na cara.

Vivemos numa época aonde a virtude precisa ser acima de tudo, aparente. mas no frigir dos ovos, quando todos se despem de suas "máscaras" todos estão igualmente na mesma situação deplorável.

O que será que isso pode significar, de verdade?

Eu sugiro que isso nos demonstra alguns pontos:

1- As pessoas não amam o que fazem - apenas amam o resultado daquilo que fazem. Por isso, se em algum momento tiverem a oportunidade de receberem o resultado daquilo que fazem por menos esforço, por se fazer algo até mesmo reprovável, ou se receber mais para fazer qualquer coisa mesmo, a pessoa nem vai pensar duas vezes antes de pular fora. E sem correr o risco de sentir o mínimo peso na consciência por isso.

2- As pessoas não acreditam no mérito pelo esforço - acreditam no dinheiro no bolso e na fama. As vias pelas quais se chega a esse objetivo, é apenas um mísero detalhe.

3- As pessoas não acreditam em bem e mal - não acreditam em Deus, em reencarnação, em Justiça Divina, em Jesus, em Buda, em nada. Morreu acabou. Não tem céu nem inferno. O ser humano dessa maneira pode muito bem se dar ao luxo de ser o mais selvagem animal que já pisou a crosta terrestre, com requintes absurdos de crueldade, pois apenas vale a satisfação de seus desejos, de seus caprichos e que vença o menos trouxa. Sem que percebamos, retrocedemos até a idade da pedra, somos trogloditas em cavernas verticais. Agora, quando somos nós as vítimas...

4- As pessoas acreditam não terem culpa pelos seus erros (cômodo isso, não?) - a culpa é da mãe, do pai, do irmão, tudo começou quando eu era cirança pequena lá em Sorocaba, o mundo me forçou a ser malandro, as pessoas me provocam, o sistema é injusto e me fez ser o que eu sou, se as pessoas fossem diferentes, se o mundo fosse diferente, se o sistema fosse diferente...

Uma coisa é certa, o mundo não é perfeito, as pessoas não são perfeitas, nós não somos perfeitos. Mas a coisa acaba por aí. Antes de nescermos o mundo já existia, não é verdade, e quando deixarmos essa terra, quando a gente bater com a alcatra na terra o mundo vai continuar existindo, não é verdade? Como era o mundo quando nele entramos? Como será o mundo quando deixarmso ele? Aliás, quando deixarmos, será que podemos percebem qual a contribuição demos a ele? Por nossa causa o mundo será melhor ou pior? Eu não estou querendo saber se o mundo vai reconhecer meu esforço, muito menos se eu serei uma espécie de manda chuva global, porque TODOS constroem ou destroem um pouco o mundo, só que alguns tem a chance de ciusar maior impacto, outros causam impacto menor.

Tanto eu, você, o presidente da república, o mendigo lá fora, o vnededor de cachorro quente, o grande mepresário, a dona de casa... TODOS estamos mudando o mundo. Sempre! Enquanto estivermos respirando, estamos interagindo e resultando um mundo diferente.

Se melhor ou pior, aí é problema da gente.

Pois na maioria das vezes pensamos no dinheiro, que paga nossas contas, nos permite comer uma pizza no final de semana, comprar uma roupa nova, ter conforto na vida. Mas, o que fazemos para conseguir comer a pizza do final de semana? E quantas vezes encontramos alguém que não consegue comer uma pizza de final de semana e pensamos: esse aí é trouxa?

Acontece que, embora pensar no dinhero que irá nos auxiliar o sustento, muito justo, na grande maioria das vezes despresamos algumas pequenas características como: Esse dinheiro foi gerado pelo suor de um trabalho honesto? Foi gerado pela discórdia e pela mágoa de pessoas que se sentiram lesadas? Foi fruto de uma atividade que trouxe alívio para aquelas pessoas que dispenderam desse dinheiro? Qual é a energia que esse dinheiro traz?

Aliás, qual pode ser a consequência da energia que esse dinheiro tem impregnado nele?

Quanta fortuna fruto de desavenças, carregadas de ódio e mágoa não trazem, junto consigo, coincidentemente doença, desavenças familiares e pequenos incômodos que nos tirar a o equilíbrio, e, as vezes noites de sono?

Fazer o bem, se levado por esse ângulo toma um caráter aonde nossa responsabilidade vai mais além, não basta simplesmente falar palavrinhas de conforto, ser educado, mas é preciso que até mesmo nos atos que nos garantem o sustendo e a estabilidade financeira estejamos munidos de ações construtivas, e não somente construtivas para nós, mas para quantas forem as pessoas em quem esse dinheiro terá esbarrado.

Dinheiro ganho com trabalho feito com reclamação, queixas e murmúrios parace não durar muito, assim como dinheiro vindo de alguma atividade que insuflou inveja, raiva e revolta parece trazer consigo o germem da não prosperidade, mas das desavenças, dos desentendimentos.

Eu demorei para entender um pouco sobre isso, quanto trabalho me trouxe preocupações mil e o dinheiro, embora farto foi fluído e não perdurou em meu poder, quanto trabalho, embora tenho podido me sustentar o suficiente para não passar fome, me trouxe vitalidade, ânimo de vida; quanto trabalho por mais insignificante que me parecesse não me fez um bem danado, me trazendo inclusive outros trabalhos?

Quantos trabalhos grandes sucitaram apenas a inveja de pesoas gananciosas e não me trouxeram qualquer benefício, nem mesmo material...

O problema é que não apenas mudamos o mundo, mas de acordo da forma como mudamos o mundo, o mundo nos muda. tudo o que está a nossa vlota reflete nossos atos, somos vítimas dos nossos entraves, sofremos pelo mal que semeamos, colhemos os frutos que plantamos sempre. Somos atingido pelos monstros que acreditamos que existem, somos vítimas dos males que alimentamos. Quem tem medo de sofre, curiosamente sofre mais do que aqueles que não se preocupam com isso, simplesmente porque "criam" sofrimento em mais ocasiões do que as pessoas que não estão exatamente ligando para o sofrimento.

Temos tanto medo de perdermos a liberdade, que tolhemos nossa liberdade voluntariamente. Temos tanto medo de sermos sermos passados para trás que nos escondemos e o mundo todo nos passa para trás.

Temos tanto medo de não ter dinheiro que o dinheiro não nos chega, e quando chega, não fica. Temos escrúpulos mil e na maioria das vezes escolhemos ganhar dinheiro fazendo dinheiro sem produzir riquesa, sem produzir arte ou cultura, somente em cima de alguma especulação. Acontece que especulação gera mais especulação, e na contramão disso tudo sofremos as mesmas especulações que nos dilapidam o saldo em nossas contas. Quando produzimos alguma coisa que nos dê dinheiro, mesmo sendo pouco, essa produção justamente nos leva a ter mais produção, nos impele a produzir mais, e o dinheiro acaba sendo uma consequência simples e natural.

Quando o dinheiro nos vem com alguma atividade que engrandece, mais engrandecidos ficamos por perceber que somos protegidos por essa atividade. Quando criamos a oportunidade de uma pessoa sonhar, criar coragem, ter forças, esquecer as dificuldades e continuar, adquirimos essa mesma oportunidade de sonhar, essa coragem e força que empregamos em nosso trabalho de volta.

Podemos, no entanto empregar e doar aquilo que bem entendermos. Precisamos, no entanto, conscientemente escolher se vamos construir ou destruir o mundo, pois uma coisa é certa: se não temos culpa pelo mundo que encontramos, temos pelo mundo que deixamos, e ele irá voltar até nós, pois criamos o mundo a nossa imagem e semelhança. Ele apenas reflete aquilo que somos, por isso merecemos o mundo aonde vivemos.

Para viver em um mundo melhor precisamos criar um mundo melhor, alimentar um mundo melhor, proporcionar o mundo melhor para que esse mundo nos proporcione uma vida melhor.

O bom dinheiro, por isso mesmo, é aquele gerado no exercício de um mundo melhor. Não aquele que tem mais zeros no lado direito.

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