20.4.05

Falando a Respeito do Novo Papa

O pessoal da lista Maçãs Selecionadas hoje começo um quiprocó em torno do novo Papa.
Uns analizaram o fato de Ratzinger ser conservador, alguns até colocaram links contendo informações sobre seus atos e pensamentos.

Teve de tudo um pouco, até falaram mal de João Paulo II. Outros defenderam.
O que me chama a atenção nesses assunto é o fato de colocarem como textos oficiais da igreja como expressão máxima de uma religião inteira, com se o que uma pessoa pensasse fosse automaticamente adotada como pensamento por parte de todos os seus fiéis.

Uma coisa somente não me entra na cabeça: A forma como um líder religioso pensa o prega suas convicções não são motivos para eu aceitar e obedecer seus preceitos e ordens. Pelo menos, pra mim é preciso haver motivo, justificação, bom senso e respeito. Quando uma determinada linha de pensamento religioso defende um ponto de vista, eu não o aceito simplesmente. Acredito que assim seja com a maioria das pessoas. Pelo menos eu espero.

Cada um tem cérebro, massa encefálica para pensar, raciocinar e refletir, e também tem sensibilidade para sentir. Só precisa aprender a combinar essas duas coisas. Se conseguir harmonia entre sentimento e razão, está chegando lá. Eu acho que as religiões deveriam ensinar isso, deveriam ensinar as pessoas a serem livres, sentirem e pensarem. Aprenderem e observarem o Universo. Sentir Deus e todas as coisa que regem o Universo. As pessoas se pegam muito em vírgulas, teimam em acreditar que a tal vírgula foi obra de Deus ou do Espírito Santo, então é verdade. Deveriam sentir o todo das mensagens, refletirem se conseguem compreender algo e se conseguem sentir que nesse algo há algo bom. Isso seria mais leve, mais livre, tem mais paz, e de certa forma tem mais cara de coisa de Deus.

Eu sempre achei João Paulo II um cara meio diferente, tinha opiniões fortes, nem todas eu concordava, mas era inegável que o seu maior recurso era o olhar meigo e sereno. O cara passava sentimento. O olhar do velhinho vibrava! havia algo de bom naquele homem. Não só eu sentia isso, talvez o mundo todo, tanto é que Roma foi visitada por mais de quatro milhões de peregrinos que quiseram dar o seu último adeus ao Papa.

A coisa que me tras uma certa decepção é não ver esse mesmo semblante no olhar do Ratzinger. Ele é meio esquisito, tem um olhar meio siderado, abobado, um olhar de cisma. Não passa uma emoção boa! Talvez o cara não seja exatamente ruim, talvez ele deva ser esforçado em fazer o que ele dentro das suas limitações de razão e sentimento acha ser o melhor. Mas ele não me parece uma figura assim tão iluminada quanto João Paulo II.

Eu tenho esperança, no fundo do meu coração que essa seja somente uma primeira impressão, que o novo Papa possa ser muito melhor do que ele mesmo imagina, que possa ser inspirado e guie bem o seu rebanho. Porque se existem pessoas que o houvem e o seguem, então essas pessoas vão precisar e muito serem bem guiadas.

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