O mercado de ilustração está sofrendo um problema básico de excesso de oferta de profissionais.Isso pelo menos se levarmos em conta o mercado editorial, que aliás estásaturado de fornacedores, sendo que a maioria é de moleques sem formação. Se levarmos em conta a simples relação oferta-procura, vamos chegar à conclusão de que atualmente é impossível trabalhar por um valor decente simplesmente porque a oferta de profissionais é tão grande que os clientes se sentem confortáveis na posição de escolher quem cobra menos. E o resultado disso é que o ilustrador acaba precisando cada vez trabalhar mais para se sustentar e dessa maneira se oferece mais ao mercado....
Vamos supor que existam 600 ilustradores no mercado editorial, se o mercado lançar 600 livros por mês vai dar uma média de 1 livro para cada ilustrador fazer, isso sem levar em conta que o profissional precise fazer mais de um livro por mês pra se sustentar. Se a oferta de trabalho for condizente com a oferta de trabalhadores, pode-se no mínimo lutar para manter os valores. Se os ilustradores conseguissem fazer com que a oferta de profissionais fosse menor do que a de trabalho seria ótimo, pois obrigaria aos editores oferecerem vantagens para garantir o profissional no seu projeto.
Agora esse é um tipo de estratégia que precisa ser muito bem planejada, para não haver furos, porque se um profissional furar o sistema, vai tudo dar errado. Só que para isso seria preciso um órgão regulador da profissão que fosse sério e atuante. Será que ninguém lá pensa nesse tipo de coisa? Se pensa, porque não fazem nada? Porque será trabalhoso? Pra mim trabalhoso é ver os ilustradores se matando para pegar uma ilustração pra fazer e quando pegam o valor pago não dá nem pro cheiro.
Alguém precisa se organizar e trabalhar com estatísticas de quanto é a demanda de trabalho em ilustração, ter noção estatística de quantos ilustradores existem brigando pelo mercado, se não conseguir filiá-los todos, pelo menos poder acompanhar seus passos para que sempre que algum deles se comporte profissionalmente de maneira a ameaçar o equilíbrio oferta-procura possa ser advertido e esclarescido e acima de tudo orientar aos seus associados algo que fosse pareciado à uma cota, ou seja um número tal de profissionais se oferecem a um numero tal de clientes durante um certo tempo, enquanto outros grupos de profissionais focam seus trabalhos em outros clientes, sendo que eles durante esse período não contatem os clientes reservados aos profissionais de outro grupo.
Depois desse período de tempo um grupo de profissionais passaría a contatar o grupo seguinte de clientes formando uma espécie de rodízio. Dessa maneira poderia haver um equilíbrio entre oferta e procura, conseqüentemente seria mais fácil negociar melhores condições de trabalho e valores mais justos, ainda garantiria a todos os profissionais que consigam contatar todos os possíveis clientes de maneira mais segura e eficaz.
Agora, o que não dá pra agüentar é essa bagunça de todo mundo querendo oferecer trabalho pra todos os clientes fazendo com que os clientes se sintam com poder para leiloar seus trabalhos pra quem der menos e fazendo com que cada vez mais os ilustradores se descabelem ao ver o valor do seu trabalho indo pro ralo...
27.4.05
Vejam Voces!
Uma vez eu e a minha esposa fizemos uma simulação de uma loja, que se tivesse uma margem de lucro de 30% e vendesse cerca de R$100.000,00 em um mês teria um lucro líquido médio de R$10.000,00 já descontando todos os gastos. Só que uma loja pra vender R$100.000,00 precisa ter um estoque de pelo menos três vezes esse valor. Se fosse um comércio com margem de lucro de 10% e movimentasse R$100.000,00, se pagasse tudo o que deve teria um prejuízo de R$10.000,00 no mês.
Será que alguém ainda tem a ilusão de que nesse país o que se paga de imposto não é um absurdo?
Será que alguém ainda tem a ilusão de que nesse país o que se paga de imposto não é um absurdo?
23.4.05
Como dizia Osama Bin Laden
Errar é humano.
Acertar é muçulmano...
Acertar é muçulmano...
20.4.05
Falando a Respeito do Novo Papa
O pessoal da lista Maçãs Selecionadas hoje começo um quiprocó em torno do novo Papa.
Uns analizaram o fato de Ratzinger ser conservador, alguns até colocaram links contendo informações sobre seus atos e pensamentos.
Teve de tudo um pouco, até falaram mal de João Paulo II. Outros defenderam.
O que me chama a atenção nesses assunto é o fato de colocarem como textos oficiais da igreja como expressão máxima de uma religião inteira, com se o que uma pessoa pensasse fosse automaticamente adotada como pensamento por parte de todos os seus fiéis.
Uma coisa somente não me entra na cabeça: A forma como um líder religioso pensa o prega suas convicções não são motivos para eu aceitar e obedecer seus preceitos e ordens. Pelo menos, pra mim é preciso haver motivo, justificação, bom senso e respeito. Quando uma determinada linha de pensamento religioso defende um ponto de vista, eu não o aceito simplesmente. Acredito que assim seja com a maioria das pessoas. Pelo menos eu espero.
Cada um tem cérebro, massa encefálica para pensar, raciocinar e refletir, e também tem sensibilidade para sentir. Só precisa aprender a combinar essas duas coisas. Se conseguir harmonia entre sentimento e razão, está chegando lá. Eu acho que as religiões deveriam ensinar isso, deveriam ensinar as pessoas a serem livres, sentirem e pensarem. Aprenderem e observarem o Universo. Sentir Deus e todas as coisa que regem o Universo. As pessoas se pegam muito em vírgulas, teimam em acreditar que a tal vírgula foi obra de Deus ou do Espírito Santo, então é verdade. Deveriam sentir o todo das mensagens, refletirem se conseguem compreender algo e se conseguem sentir que nesse algo há algo bom. Isso seria mais leve, mais livre, tem mais paz, e de certa forma tem mais cara de coisa de Deus.
Eu sempre achei João Paulo II um cara meio diferente, tinha opiniões fortes, nem todas eu concordava, mas era inegável que o seu maior recurso era o olhar meigo e sereno. O cara passava sentimento. O olhar do velhinho vibrava! havia algo de bom naquele homem. Não só eu sentia isso, talvez o mundo todo, tanto é que Roma foi visitada por mais de quatro milhões de peregrinos que quiseram dar o seu último adeus ao Papa.
A coisa que me tras uma certa decepção é não ver esse mesmo semblante no olhar do Ratzinger. Ele é meio esquisito, tem um olhar meio siderado, abobado, um olhar de cisma. Não passa uma emoção boa! Talvez o cara não seja exatamente ruim, talvez ele deva ser esforçado em fazer o que ele dentro das suas limitações de razão e sentimento acha ser o melhor. Mas ele não me parece uma figura assim tão iluminada quanto João Paulo II.
Eu tenho esperança, no fundo do meu coração que essa seja somente uma primeira impressão, que o novo Papa possa ser muito melhor do que ele mesmo imagina, que possa ser inspirado e guie bem o seu rebanho. Porque se existem pessoas que o houvem e o seguem, então essas pessoas vão precisar e muito serem bem guiadas.
Uns analizaram o fato de Ratzinger ser conservador, alguns até colocaram links contendo informações sobre seus atos e pensamentos.
Teve de tudo um pouco, até falaram mal de João Paulo II. Outros defenderam.
O que me chama a atenção nesses assunto é o fato de colocarem como textos oficiais da igreja como expressão máxima de uma religião inteira, com se o que uma pessoa pensasse fosse automaticamente adotada como pensamento por parte de todos os seus fiéis.
Uma coisa somente não me entra na cabeça: A forma como um líder religioso pensa o prega suas convicções não são motivos para eu aceitar e obedecer seus preceitos e ordens. Pelo menos, pra mim é preciso haver motivo, justificação, bom senso e respeito. Quando uma determinada linha de pensamento religioso defende um ponto de vista, eu não o aceito simplesmente. Acredito que assim seja com a maioria das pessoas. Pelo menos eu espero.
Cada um tem cérebro, massa encefálica para pensar, raciocinar e refletir, e também tem sensibilidade para sentir. Só precisa aprender a combinar essas duas coisas. Se conseguir harmonia entre sentimento e razão, está chegando lá. Eu acho que as religiões deveriam ensinar isso, deveriam ensinar as pessoas a serem livres, sentirem e pensarem. Aprenderem e observarem o Universo. Sentir Deus e todas as coisa que regem o Universo. As pessoas se pegam muito em vírgulas, teimam em acreditar que a tal vírgula foi obra de Deus ou do Espírito Santo, então é verdade. Deveriam sentir o todo das mensagens, refletirem se conseguem compreender algo e se conseguem sentir que nesse algo há algo bom. Isso seria mais leve, mais livre, tem mais paz, e de certa forma tem mais cara de coisa de Deus.
Eu sempre achei João Paulo II um cara meio diferente, tinha opiniões fortes, nem todas eu concordava, mas era inegável que o seu maior recurso era o olhar meigo e sereno. O cara passava sentimento. O olhar do velhinho vibrava! havia algo de bom naquele homem. Não só eu sentia isso, talvez o mundo todo, tanto é que Roma foi visitada por mais de quatro milhões de peregrinos que quiseram dar o seu último adeus ao Papa.
A coisa que me tras uma certa decepção é não ver esse mesmo semblante no olhar do Ratzinger. Ele é meio esquisito, tem um olhar meio siderado, abobado, um olhar de cisma. Não passa uma emoção boa! Talvez o cara não seja exatamente ruim, talvez ele deva ser esforçado em fazer o que ele dentro das suas limitações de razão e sentimento acha ser o melhor. Mas ele não me parece uma figura assim tão iluminada quanto João Paulo II.
Eu tenho esperança, no fundo do meu coração que essa seja somente uma primeira impressão, que o novo Papa possa ser muito melhor do que ele mesmo imagina, que possa ser inspirado e guie bem o seu rebanho. Porque se existem pessoas que o houvem e o seguem, então essas pessoas vão precisar e muito serem bem guiadas.
19.4.05
Abemus Papa
Não é Chico, mas é Bento!
A respeito da criacao e execucao das ilustras
Embora eu não me considere um mestre em ilustração, eu vejo que existem alguns detalhes que eu já observei no meu modo de trabalhar que seria bom compartilhar com as pessoas. Principalmente para que os mais novos possam ter um referencial maior e uma orientação mais exata.
Eu geralmente faço trabalhos muito variados, algumas vezes tenho que fazer algum trabalho cômico, outras vezes realista e algumas vezes eu preciso estilizar algo realista e pra cada um desses trabalhos me parece que eu preciso fazer um exercício mental diferente.
O trabalho que mais me facilita a vida são os mais cômicos, que de certa forma exigem que eu imagine a ilustração na minha mente mas o esforço é relativemente pequeno para se imaginar o trabalho já feito, embora nem sempre essa facilidade se reflita da hora de colocar a mão na massa.
Quando eu parto pra um trabalho mais realista, o esforço que eu preciso fazer para conceber mentalmente a ilustração é maior, como se a minha mente fosse um dial de rádio ajustado em uma determinada faixa que é bem regulada para captar sinais de idéias mais cômicas e na hora de "mudar de estação" eu precisasse me esforçar para mudar a faixa de freqüência em que o dial está ajustado. Eu não sei se vocês me compreendem.
Dependendo do tipo realista ou realista com estilização, eu percebo que essse esforço é maior para que eu consiga visualizar na minha mente o desenho pronto, porque se eu não conseguir visualizar, eu com certeza terei de refazer o trabalho muitas vezes até chegar no ponto ideal. O engraçado é que quando eu trabalho com algo bastante difícil de se imaginar e termino esse trabalho, geralmente sinto uma espécie de euforia, de alívio que é quase viciante. Mas isso somente acontece quando o trabalho é realmente feito igual ao que foi imaginado.
O trabalho que dá ao se finalizar esse tipo de ilustração geralmente é muito parecido com o trabalho que dá finalizar uma ilustra mais cômica, só que exige uma concentração maior para que eu não perca o fio da meada.
Dito tudo isso eu posso chegar ao ponto que, quando você está ilustrando, você precisa abstrair se a ponto de esquecer conta pra pagar, hora de almoço, neguinho que você precisa ligar e por aí afora porque você precisa ocupar a sua cabeça somente "com a ilustração". Por isso quando alguém tá cheio da problemas e fica o tempo todo somente pensando nos problemas não consegue trabalhar direito, a cabeça está lá no problema e não no trabalho que é o que em muitos casos pode resolver o problema.
Eu geralmente faço trabalhos muito variados, algumas vezes tenho que fazer algum trabalho cômico, outras vezes realista e algumas vezes eu preciso estilizar algo realista e pra cada um desses trabalhos me parece que eu preciso fazer um exercício mental diferente.
O trabalho que mais me facilita a vida são os mais cômicos, que de certa forma exigem que eu imagine a ilustração na minha mente mas o esforço é relativemente pequeno para se imaginar o trabalho já feito, embora nem sempre essa facilidade se reflita da hora de colocar a mão na massa.
Quando eu parto pra um trabalho mais realista, o esforço que eu preciso fazer para conceber mentalmente a ilustração é maior, como se a minha mente fosse um dial de rádio ajustado em uma determinada faixa que é bem regulada para captar sinais de idéias mais cômicas e na hora de "mudar de estação" eu precisasse me esforçar para mudar a faixa de freqüência em que o dial está ajustado. Eu não sei se vocês me compreendem.
Dependendo do tipo realista ou realista com estilização, eu percebo que essse esforço é maior para que eu consiga visualizar na minha mente o desenho pronto, porque se eu não conseguir visualizar, eu com certeza terei de refazer o trabalho muitas vezes até chegar no ponto ideal. O engraçado é que quando eu trabalho com algo bastante difícil de se imaginar e termino esse trabalho, geralmente sinto uma espécie de euforia, de alívio que é quase viciante. Mas isso somente acontece quando o trabalho é realmente feito igual ao que foi imaginado.
O trabalho que dá ao se finalizar esse tipo de ilustração geralmente é muito parecido com o trabalho que dá finalizar uma ilustra mais cômica, só que exige uma concentração maior para que eu não perca o fio da meada.
Dito tudo isso eu posso chegar ao ponto que, quando você está ilustrando, você precisa abstrair se a ponto de esquecer conta pra pagar, hora de almoço, neguinho que você precisa ligar e por aí afora porque você precisa ocupar a sua cabeça somente "com a ilustração". Por isso quando alguém tá cheio da problemas e fica o tempo todo somente pensando nos problemas não consegue trabalhar direito, a cabeça está lá no problema e não no trabalho que é o que em muitos casos pode resolver o problema.
18.4.05
Foi Comprovado!
Micheal Jackson é o Macunaíma Americano!
Completando o Post Anterior...
Só pra não ficar uma coisa assim no ar sem nada a ver e sem completar...
O que existe de bom em meio aos grafites nas ruas de São Paulo são como procurar agulha num palheiro.
Eu já vi um trabalho que um grafiterio fez perto de casa que é maravilhoso, só que em compensação eu estou cansado de ver grafite em porta de loja com televisão com perspectiva mal feita, carro feito em três quartos que parece uma coisa horrorosa, a gente tem que se esforçar pra ver o que é.
Dê uma volta pela Lins de Vasconcelos que você vai ver muito exemplo do que eu falo. De uma voltinha pela Rangel Pestana que você vai ver mais coisa ruim. Na Rangel Pestana você não vê um único grafite que preste.
Outro dia eu passei por uma Avenida na Zona Leste que é enorme que agora não me lembro o nome. Lá, todas as lojas eram grafitadas, e eu não vi um único grafite digno de apreciação, somente quando essa avenida acabou e entrou em uma avenida menor que eu vi alguns grafites bons.
Agora, pela abrangência de desenhos ruins você acha que quando uma pessoa fala em desenho vai pensar em que tipo de desenho? E um cara que pensa em desenhos de Pato Donaldes com cabeça oval e carro que parece quebrado jamais vai querer pagar por uma ilustração de verdade o valor que uma ilustração de verdade deve ter.
Não adianta somente cuidar do topo da cadeia de produção artística, mas também é preciso cuidar da base, fazer com que a base tenha um nível técnico no mínimo aceitável.
Bem, esse é o meu ponto de vista. Se alguém discorda ou achou que eu estou pegando pesado, me desculpem, mas eu realmente estou sendo sincero com o que eu penso e só torno público meu modo de pensar no intuito de contribuir, porque se fosse pra atrapalhar, bastava eu ficar quieto que nada mudaria.
O que existe de bom em meio aos grafites nas ruas de São Paulo são como procurar agulha num palheiro.
Eu já vi um trabalho que um grafiterio fez perto de casa que é maravilhoso, só que em compensação eu estou cansado de ver grafite em porta de loja com televisão com perspectiva mal feita, carro feito em três quartos que parece uma coisa horrorosa, a gente tem que se esforçar pra ver o que é.
Dê uma volta pela Lins de Vasconcelos que você vai ver muito exemplo do que eu falo. De uma voltinha pela Rangel Pestana que você vai ver mais coisa ruim. Na Rangel Pestana você não vê um único grafite que preste.
Outro dia eu passei por uma Avenida na Zona Leste que é enorme que agora não me lembro o nome. Lá, todas as lojas eram grafitadas, e eu não vi um único grafite digno de apreciação, somente quando essa avenida acabou e entrou em uma avenida menor que eu vi alguns grafites bons.
Agora, pela abrangência de desenhos ruins você acha que quando uma pessoa fala em desenho vai pensar em que tipo de desenho? E um cara que pensa em desenhos de Pato Donaldes com cabeça oval e carro que parece quebrado jamais vai querer pagar por uma ilustração de verdade o valor que uma ilustração de verdade deve ter.
Não adianta somente cuidar do topo da cadeia de produção artística, mas também é preciso cuidar da base, fazer com que a base tenha um nível técnico no mínimo aceitável.
Bem, esse é o meu ponto de vista. Se alguém discorda ou achou que eu estou pegando pesado, me desculpem, mas eu realmente estou sendo sincero com o que eu penso e só torno público meu modo de pensar no intuito de contribuir, porque se fosse pra atrapalhar, bastava eu ficar quieto que nada mudaria.
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